terça-feira, julho 01, 2014

Resenha: O morro dos ventos uivantes

   
    Olá garotas, hoje eu vim falar do meu livro favorito: O morro dos ventos uivantes.
    Não tenho palavras para descrever meu amor por esse livro, um romance extremamente intenso e complexo que faz até os mais descrentes creem no amor.
    Obs.: Contém spoiler.

    O livro foi lançado em 1847 (a capa ao lado é apenas de uma das muitas edições) por Emily Brontë pelo pseudônimo masculino de Ellis Bell.                                  Conta a história de um amor avassalador entre Catherine e Heathcliff pela narração - na maior parte - de Nelly, a governanta que conta a história ao novo inquilino da fazenda próxima ao morro.                                                     Tudo começou quando o pai de Catherine chegou em casa com um cigano da qual ninguém sabia a origem e o começou a tratar como filho. Quem não gostou nada disso foi o irmão de Catherine, que era extremamente invejoso.                                                                Catherine não era apenas uma garota mimada, mas sim um espirito livre, aventureira, ousada e cheia de vida. Já Heathcliff era um selvagem bruto e é claro que ele se apaixona por Catherine.                                                      Essa amizade entre os dois é abalada com a morte do pai de Catherine, quando o seu irmão invejoso assume o controle da casa e passa a tratar Heathcliff como um escravo. Ele tenta afastar Catherine de Heathcliff fazendo com que ela se aproxime dos Lintons, uma família rica e respeitada da fazenda ao lado. 
    Heathcliff aguenta toda a humilhação, mas com um ódio enorme que a cada dia cresce mais. Ela, apesar de ama-lo sabe que eles nunca poderão ficar juntos por convenções da sociedade e aceita o pedido de casamento de Edgar Linton, o que fez com que Heathcliff fugisse.
    Até que um dia ele retorna, tão rico e educado como Edgar e tenta se aproximar de Catherine, coisa que Edgar reluta em aceitar. Ela quer os dois e acaba entrando em um depressão profunda que atinge a loucura quando morre, dando a luz a filha de Edgar.
    Heathcliff é claro fica arrasado, sente-se morto por dentro e deseja vingança de todos que o separaram do amor da sua vida. O livro continua acompanhando a vingança de Heathcliff até a sua morte e a vida da filha de Catherine, que conseguiu o que a sua mãe não conseguiu: se entregar ao amor.


"...Meu maior cuidado na vida é ele. Se tudo desaparecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais ficasse e ele fosse aniquilado, eu ficaria só num mundo estranho, incapaz de ter parte dele. Meu amor por Linton. é como a folhagem da mata: o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, isso eu sei muito bem. E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly Eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho em meu pensamento. Não é como um prazer - por que eu também não sou um prazer para mim própria - , mas como meu próprio ser..."


    O livro tem uma história densa, mas para balancear sua linguagem é simples e sua narração é leve. Esse é o tipo de livro que te prende até a ultima página e quando você acaba de ler você precisa parar um momento para conseguir digerir tudo, realmente é um livro encantador que te fará questionar sobre o ser humano principalmente. Esse livro me fez perder o ar.
    Além disso, foi adaptado diversas vezes para o cinema, para o teatro, para óperas e também para a televisão como mini séries e séries, duas brasileiras, inclusive.
    Abaixo vocês podem conferir a música Wuthering Heights de Kate Bush inspirada no livro.


Um comentário:

  1. Oie! Vim retribuir a visita, já estou seguindo o seu blog. Abraços =) xxx

    vintagepri.blogspot.com

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